Xangô, o Deus da Justiça, Senhor das pedreiras, exerce uma influência muito forte em seu filho. Todos os Orixás, evidentemente, são justos, e transmitem este sentimento aos seus filhos. Entretanto, em Xangô, a justiça deixa de ser uma virtude, para ser uma obsessão, o que faz de seu filho um sofredor, principalmente porquê o parâmetro da Justiça é o seu julgamento, e não o da Justiça Divina, quase sempre diferente do nosso, o da Terra.Esta analise é muito importante. O filho de Xangô apresenta um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente austero. Sua fisionomia, mesmo a jovem, apresenta uma velhice precoce, sem lhe tirar, em absoluto, a beleza ou a alegria. Tem comportamento medido.É incapaz de dar um passo maior que a perna e todas as suas atividades e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme, que gosta de pisar. É tímido no contato, mas assume facilmente o poder do mando. Eterno conselheiro e não gosta de ser contrariado, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. Acalma-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guarda rancor, a discrição faz de seu vestuário um modelo tradicional. Quando o filho de Xangô, consegue equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o seu próprio julgamento para o Julgamento Divino, cuja a sentença não nos é permitida, torna-se uma pessoa admirável. O medo de cometer injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrario de lhe prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dele é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legitimo representante do Home Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Falando em Pedreira, adora colecionar pedras.
Cor: Marrom. Ervas: Folhas de Limoeiro, Erva Moura, Erva Lirio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira e Erva de Xangô.
Sincretismo: Xangô Caô = São Jerônimo; Xangô Agodô = São João Batista; Xangô Aganjú = São Pedro.
(não faça ao próximo o que não gostaria que fosse feito pra você)
Dia destes, ao final de uma gira de desenvolvimento mediúnico, manifestou-se Pai João de Angola, um Preto Velho. Como de costume, acendeu seu cachimbo, cumprimentou os presentes e chamou todos para bem perto dele e após se acomodarem ele pediu que todos respondessem uma pergunta simples: “ – Do que a Umbanda precisa?” E assim um a um foram respondendo: “- Mais união...”“ – Mais estudo...” “ – Mais divulgação...” “ – Mais respeito...” “ – Mais reconhecimento...” Mais, mais e mais... Após todos manifestarem suas opiniões, Pai João sorriu e disparou: “ – Muito se diz do que a Umbanda precisa, não é? E eu digo que a Umbanda precisa de Filhos!” Silêncio repentino no ambiente. Naturalmente os filhos ficaram surpresos e ansiosos para a conclusão desta afirmação. Pai João pitou, pensou, pitou, sorriu e continuou: “É isso, a Umbanda precisa sobretudo de FILHOS.
Porque um filho jamais nega sua mãe, sua origem, sua natureza. Quando alguém questiona vocês sobre o nome de sua mãe, vocês procuram dar um outro nome a ela que não seja o verdadeiro? Um filho nem pensa nisso, simplesmente revela a verdade. Assim é um verdadeiro Filho de Umbanda, não nega sua religião, nem conseguiria, pois seria o mesmo que negar a origem de sua vida seria o mesmo que negar o nome de sua mãe. Um filho de Umbanda, dentro do terreiro limpa o chão como devoção e não como uma chata necessidade de faxinar. Um filho de Umbanda dá o melhor de si para e pelo o terreiro, pois sente que ali, no terreiro ele está na casa de sua mãe. Um filho de Umbanda ama e respeita seus irmãos de fé, pois são filhos da mesma mãe e sabem que por honra e respeito a ela é que precisam se amar, se respeitar e se fortalecer. Um filho de Umbanda sente naturalmente que o terreiro é a casa de sua mãe, onde ele encontra sua família e por isso quando não está no terreiro sente-se ansioso para retornar e sempre que lá está é um momento de alegria e prazer. Um filho de Umbanda não precisa aprender o que é gratidão. Porque sua entrega verdadeira no convívio com sua mãe, a Umbanda, já lhe ensina por observação o que é humildade, cidadania, família, caridade e todas as virtudes básicas que um filho educado carrega consigo. Um filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o terreiro, ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe, a Umbanda. Um filho de Umbanda sabe o que é ser Filho e sabe o que é ter uma Mãe.
As "sereias" são seres que nunca encarnaram e atuam como seres encantados como os elementais. São seres naturais. São regidas por Yemanjá, Oxum, Oxumaré e Nanã. Na Umbanda-Astrológica são regidas pela Lua, pelo signo de Peixes, Câncer e Escorpião.
As sereias "verdadeiras" são seres naturais regidas especialmente por Yemanjá. Num sentido esotérico elas representam as Ondinas, ou antigas sereias, são mais velhas e são regidas por Nanã Buruquê. Já as encantadas elementais aquáticas, são regidas por Oxum.
A Umbanda tradicional não reconhece Oxumaré como regendo também as sereias, mas como este signo representa a transformação e a magia é quem possibilita a vinda das sereias a Terra em forma de Mulher.
Todas incorporam nos cantos de Yemanjá, mas podem-se cantar cantos de Oxum e Nanã durante suas manifestações, que elas respondem, dançando suas danças rituais, mais rápidas nos cantos de Oxum e mais lentas nos cantos de Nanã. Elas têm um poder de limpeza, purificação e descarga de energias negativas superior a qualquer outra das linhas de trabalhos de Umbanda Sagrada. No entanto há pessoas que não se sentem bem com a influencia dessas forças se não conseguirem manifestar a mediunidade com harmonia e equilíbrio. Sendo esta uma das linhas que causam epilepsia e na Umbanda-Astrológica se revela na Vibração Lua/Netuno.
Elas não falam, só emitem um canto, que na verdade é a sonorização de um poderoso "mantra aquático", diluidor de energias, vibrações e formas-pensamento que se acumulam dentro dos centros ou nos campos vibratórios dos médiuns e dos assistentes. E é por isso que muitos que possuem uma sensibilidade muito forte não conseguem dominar essa energia e torna-se dominados por ela. Assim tem muitos distúrbios mentais e choques no sistema nervoso. E tudo isso é piorado quando a família passa a drogá-lo com remédios muito fortes para epilepsia.
Essa é uma linha poderosa, mas pouco solicitada para trabalhos junto à natureza. Até porque não são todos que conseguem compreende-la corretamente. Elas são ótimas para anular magias negativas, afastar obsessores e espíritos desequilibrados ou vingativos. Também são poderosas se solicitadas para limpeza de lares e para harmonização de casais ou famílias. Para oferendar as sereias, deve-se levar ao mar, aos lagos ou às cachoeiras: rosas brancas, velas brancas,azuis, amarelas e lilases, champanhe, frutas em calda e licores. Mas se contata mais facilmente essas energias e vibrações através de cristais com mentalizações e pontos cantados.
É um mistério que precisa ser mais bem estudado, usado e compreendido pelos umbandistas. Pois se sabe ainda muito pouco sobre elas.
Já sobre os Marinheiros a Umbanda tem nessa linha de espíritos do mar uma de suas linhas de trabalhos espirituais. Segundo se sabe eles são espíritos alegres e cordiais que gostam de imitar os marujos nos tombadilhos dos navios em dias de tempestade. Mas, na verdade são seus magnetismos aquáticos que lhe dão a impressão de que o solo está se movendo sobre os seus pés. Fato este que os obriga a se locomoverem constantemente para a frente e para trás, tal como fazem as sereias quando incorporam nas suas médiuns.Os marinheiros são realmente espíritos de antigos piratas, marujos, guardas marinhos, pescadores e capitães do mar. São regidos por Yemanjá e Oxalá, mas atuam também sob a irradiação de Yansã, Oxum e Obaluayê, etc. se as Sereis se revela com a Vibração Lua/Netuno, os marinheiros se revelam com Netuno/Mercúrio ou Júpiter/Mercúrio.
Esses bem humorados senhores trabalham dando a impressão que estão " Bêbados", as vezes falam como se tivessem indagando e que gostam de tomar rum enquanto dão consulta às pessoas. Por isso é que se - deve doutriná-los e servir-lhes só o mínimo necessário para regularem seus magnetismos e permanecerem " equilibrados" enquanto atendem as pessoas. Eles são ótimos para casos de doenças, para cortar demandas e para descarregar os locais de trabalhos espirituais, ensinando receitas bem formuladas e bem feitas.
Salve conchinha de prata;
salve quem aqui está!
Salve a Mãe Sereia,
que veio nos ajudar!
Salve conchinha de prata!
Salve o povo do mar;
salve a Mãe Sereia,
que todo mal vai levar!
Salve conchinha de prata;
Salve estrela do mar;
salve a Mãe Serei,
Rainha Iemanjá.
Ponto de N. A. Molina.
Salve o povo da água!
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
PERGUNTA: - Você acha que o Natal está perdendo o significado?
CHICO XAVIER: - Não, não acredito que esteja perdendo o significado, porque de ano em ano todos os cristãos se reúnem, num pensamento só, no recolhimento e na glorificação de Jesus Cristo, como sendo o Embaixador da Paz e do Amor na redenção da Terra. É possível que, com o aumento da população na cidade, com a explosão demográfica, muita gente esteja ainda despercebida do Natal, mas o Natal continua ainda dominando o coração das criaturas.
PERGUNTA: O que representa o Natal para os Espíritas?
CHICO XAVIER: A necessidade de nos amarmos uns aos outros, segundo Jesus nos ensinou, perdão das ofensas, o esquecimento das injúrias, o cultivo do trabalho, a fidelidade ao dever, a lealdade aos compromissos assumidos, o lar, a família, a alegria de nos pertencermos uns aos outros, através dos laços da fraternidade. Isto tudo é Natal. É nossa mãe, nosso pai, quando estejam no Plano Espiritual. Natal representa nossos irmãos muito queridos, ainda mesmo aqueles que não se encontrem conosco. É muito amor, muita saudade, mas é, sobretudo, muita união para que se faça o melhor em cada Novo Ano que aparece.
DO LIVRO: Chico Xavier - O Homem, o Médium, o Missionário
Certa palavra delituosa foi projetada ao mundo por uma boca leviana e, em breves dias, desse quase imperceptível fermento de incompreensão, nasceu vasta epidemia de maledicência.
Da maledicência surgiram apontamentos ingratos, estabelecendo grande infestação de calúnia.
Da calúnia apareceram observações impróprias, gerando discórdia, perturbação, desânimo e enfermidade.
De semelhantes desequilíbrios, emergiram conflitos e desvarios, criando aflição e ruína, guerra e morte.
Meus irmãos, para o médico desencarnado o verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
A palavra deprimente é sarna invisível, complicando os problemas, enegrecendo o destino, retardando o progresso, desfazendo a paz, golpeando a fé e anulando a alegria.
Se buscamos no mundo selecionar alimentos sadios, na segurança e aprumo do corpo, é indispensável escolher conversações edificantes, capazes de preservar a beleza e a harmonia de nossas almas.
Bocas reunidas na exaltação do mal assemelham-se a caixotes de lixo, vazando bacilos de delinquência e desagregação espiritual.
Atendamos ao silêncio, onde não seja possível o concurso fraterno.
Disse o profeta que «a palavra dita a seu tempo é como maçã de ouro em cesto de prata».
No entanto, só o amor e a humildade conseguem produzir esse milagre de luz.
Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação da nossa vida com o seu Evangelho Redentor.
Busquemos sentir com Jesus.
Não nos esqueçamos de que a língua fala com os homens e de que o coração fala com Deus.
André Luiz
Instruções Psicofônicas, 9, Francisco Cândido Xavier
Meus amigos, muita paz.
A hora exige a nossa decisão, no sentido de buscarmos a fórmula básica do serviço com Jesus, se realmente nos propomos cooperar na obra regeneradora do mundo, a partir de nós mesmos.
Agir sob a inspiração direta do Evangelho é o caminho de acesso à benção sublime a que o Céu nos destinou...
Crer, trabalhar e servir sem dogmas;
Sem exclusivismo;
Sem privilégios;
Sem conflitos;
Sem discórdia;
Sem separativismo;
Sem inquietação;
Sem desânimo;
Sem trincheiras intelectuais;
Sem torres de marfim do personalismo cristalizante;
Sem charcos do egoísmo dissolvente;
Sem títulos que desunam os nossos melhores propósitos de responder aos apelos do Divino Mestre.
Cristo fala-nos, como sempre, nas páginas eternas da Boa Nova, de braços abertos...
Quem puder abandonar a velha e petrificada concha do "eu", para escutar-Lhe os ensinos, na acústica do coração e da consciência, decerto não encontrará outra senda que não seja a da verdadeira fraternidade - a única que nos conduzirá, com segurança, à nossa ressurreição para a Vida Imperecível!...
(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, solicitada por um grupo de irmãos, servidores da Doutrina)
(Do livro "Vida e Caminho", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:
http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html