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domingo, 5 de dezembro de 2010

Linha das Sereias na Umbanda.

As "sereias" são seres que nunca encarnaram e atuam como seres encantados como os elementais. São seres naturais. São regidas por Yemanjá, Oxum, Oxumaré e Nanã. Na Umbanda-Astrológica são regidas pela Lua, pelo signo de Peixes, Câncer e Escorpião.

As sereias "verdadeiras" são seres naturais regidas especialmente por Yemanjá. Num sentido esotérico elas representam as Ondinas, ou antigas sereias, são mais velhas e são regidas por Nanã Buruquê. Já as encantadas elementais aquáticas, são regidas por Oxum.

A Umbanda tradicional não reconhece Oxumaré como regendo também as sereias, mas como este signo representa a transformação e a magia é quem possibilita a vinda das sereias a Terra em forma de Mulher.

Todas incorporam nos cantos de Yemanjá, mas podem-se cantar cantos de Oxum e Nanã durante suas manifestações, que elas respondem, dançando suas danças rituais, mais rápidas nos cantos de Oxum e mais lentas nos cantos de Nanã. Elas têm um poder de limpeza, purificação e descarga de energias negativas superior a qualquer outra das linhas de trabalhos de Umbanda Sagrada. No entanto há pessoas que não se sentem bem com a influencia dessas forças se não conseguirem manifestar a mediunidade com harmonia e equilíbrio. Sendo esta uma das linhas que causam epilepsia e na Umbanda-Astrológica se revela na Vibração Lua/Netuno.

Elas não falam, só emitem um canto, que na verdade é a sonorização de um poderoso "mantra aquático", diluidor de energias, vibrações e formas-pensamento que se acumulam dentro dos centros ou nos campos vibratórios dos médiuns e dos assistentes. E é por isso que muitos que possuem uma sensibilidade muito forte não conseguem dominar essa energia e torna-se dominados por ela. Assim tem muitos distúrbios mentais e choques no sistema nervoso. E tudo isso é piorado quando a família passa a drogá-lo com remédios muito fortes para epilepsia.

Essa é uma linha poderosa, mas pouco solicitada para trabalhos junto à natureza. Até porque não são todos que conseguem compreende-la corretamente. Elas são ótimas para anular magias negativas, afastar obsessores e espíritos desequilibrados ou vingativos. Também são poderosas se solicitadas para limpeza de lares e para harmonização de casais ou famílias. Para oferendar as sereias, deve-se levar ao mar, aos lagos ou às cachoeiras: rosas brancas, velas brancas,azuis, amarelas e lilases, champanhe, frutas em calda e licores. Mas se contata mais facilmente essas energias e vibrações através de cristais com mentalizações e pontos cantados.



É um mistério que precisa ser mais bem estudado, usado e compreendido pelos umbandistas. Pois se sabe ainda muito pouco sobre elas.



Já sobre os Marinheiros a Umbanda tem nessa linha de espíritos do mar uma de suas linhas de trabalhos espirituais. Segundo se sabe eles são espíritos alegres e cordiais que gostam de imitar os marujos nos tombadilhos dos navios em dias de tempestade. Mas, na verdade são seus magnetismos aquáticos que lhe dão a impressão de que o solo está se movendo sobre os seus pés. Fato este que os obriga a se locomoverem constantemente para a frente e para trás, tal como fazem as sereias quando incorporam nas suas médiuns.Os marinheiros são realmente espíritos de antigos piratas, marujos, guardas marinhos, pescadores e capitães do mar. São regidos por Yemanjá e Oxalá, mas atuam também sob a irradiação de Yansã, Oxum e Obaluayê, etc. se as Sereis se revela com a Vibração Lua/Netuno, os marinheiros se revelam com Netuno/Mercúrio ou Júpiter/Mercúrio.



Esses bem humorados senhores trabalham dando a impressão que estão " Bêbados", as vezes falam como se tivessem indagando e que gostam de tomar rum enquanto dão consulta às pessoas. Por isso é que se - deve doutriná-los e servir-lhes só o mínimo necessário para regularem seus magnetismos e permanecerem " equilibrados" enquanto atendem as pessoas. Eles são ótimos para casos de doenças, para cortar demandas e para descarregar os locais de trabalhos espirituais, ensinando receitas bem formuladas e bem feitas.



Salve conchinha de prata;
salve quem aqui está!
Salve a Mãe Sereia,
que veio nos ajudar!

Salve conchinha de prata!
Salve o povo do mar;
salve a Mãe Sereia,
que todo mal vai levar!

Salve conchinha de prata;
Salve estrela do mar;
salve a Mãe Serei,
Rainha Iemanjá.

Ponto de N. A. Molina.



Salve o povo da água!



Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
 


ORAÇÃO DO PAI NOSSO NA UMBANDA




PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS,

NAS MATAS, NOS MARES E EM TODOS

OS MUNDOS HABITADOS.

SANTIFICADO SEJA O TEU NOME,

PELOS TEUS FILHOS, PELA NATUREZA,

PELAS ÁGUAS, PELA LUZ E PELO AR

QUE RESPIRAMOS.

QUE O TEU REINO, REINO DO BEM,

DO AMOR E DA FRATERNIDADE,

NOS UNA À TODOS E A TUDO QUE

CRIASTES, EM TORNO DA SAGRADA

CRUZ, AOS PÉS DO DIVINO SALVADOR

E REDENTOR.

QUE A TUA VONTADE NOS

CONDUZA SEMPRE PARA O CULTO DO

AMOR E DA CARIDADE.

DAI-NOS HOJE E SEMPRE A

VONTADE FIRME PARA SERMOS

VIRTUOSOS E ÚTEIS AOS NOSSOS

SEMELHANTES.

DAI-NOS HOJE O PÃO DO CORPO,

O FRUTO DAS MATAS E A ÁGUA

DAS FONTES PARA O NOSSO SUSTENTO

MATERIAL E ESPIRITUAL.

PERDOA, SE MERECERMOS,

AS NOSSAS FALTAS E DÁ O SUBLIME

SENTIMENTO DO PERDÃO PARA OS

QUE NOS OFENDAM.

NÃO NOS DEIXEIS SUCUMBIR,

ANTE A LUTA, DISSABORES, INGRATIDÕES,

TENTAÇÕES DOS MAUS ESPÍRITOS E

ILUSÕES PECAMINOSAS DA MATÉRIA.

ENVIAI-NOS, PAI, UM RAIO DE

TUA DIVINA COMPLACÊNCIA, LUZ E

MISERICÓRDIA PARA OS TEUS FILHOS

PECADORES QUE AQUI HABITAM,

PELO BEM DA HUMANIDADE, NOSSA IRMÃ.

ASSIM SEJA.

Significado do Natal para um Espírita

PERGUNTA: - Você acha que o Natal está perdendo o significado?


CHICO XAVIER: - Não, não acredito que esteja perdendo o significado, porque de ano em ano todos os cristãos se reúnem, num pensamento só, no recolhimento e na glorificação de Jesus Cristo, como sendo o Embaixador da Paz e do Amor na redenção da Terra. É possível que, com o aumento da população na cidade, com a explosão demográfica, muita gente esteja ainda despercebida do Natal, mas o Natal continua ainda dominando o coração das criaturas.

PERGUNTA: O que representa o Natal para os Espíritas?

CHICO XAVIER: A necessidade de nos amarmos uns aos outros, segundo Jesus nos ensinou, perdão das ofensas, o esquecimento das injúrias, o cultivo do trabalho, a fidelidade ao dever, a lealdade aos compromissos assumidos, o lar, a família, a alegria de nos pertencermos uns aos outros, através dos laços da fraternidade. Isto tudo é Natal. É nossa mãe, nosso pai, quando estejam no Plano Espiritual. Natal representa nossos irmãos muito queridos, ainda mesmo aqueles que não se encontrem conosco. É muito amor, muita saudade, mas é, sobretudo, muita união para que se faça o melhor em cada Novo Ano que aparece.



DO LIVRO: Chico Xavier - O Homem, o Médium, o Missionário

AUTOR: Antônio Matte Noroefé

Conversas Perigosas...

NA ESFERA DA PALAVRA

Certa palavra delituosa foi projetada ao mundo por uma boca leviana e, em breves dias, desse quase imperceptível fermento de incompreensão, nasceu vasta epidemia de maledicência.

Da maledicência surgiram apontamentos ingratos, estabelecendo grande infestação de calúnia.

Da calúnia apareceram observações impróprias, gerando discórdia, perturbação, desânimo e enfermidade.

De semelhantes desequilíbrios, emergiram conflitos e desvarios, criando aflição e ruína, guerra e morte.

Meus irmãos, para o médico desencarnado o verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.

A palavra deprimente é sarna invisível, complicando os problemas, enegrecendo o destino, retardando o progresso, desfazendo a paz, golpeando a fé e anulando a alegria.

Se buscamos no mundo selecionar alimentos sadios, na segurança e aprumo do corpo, é indispensável escolher conversações edificantes, capazes de preservar a beleza e a harmonia de nossas almas.

Bocas reunidas na exaltação do mal assemelham-se a caixotes de lixo, vazando bacilos de delinquência e desagregação espiritual.

Atendamos ao silêncio, onde não seja possível o concurso fraterno.

Disse o profeta que «a palavra dita a seu tempo é como maçã de ouro em cesto de prata».

No entanto, só o amor e a humildade conseguem produzir esse milagre de luz.

Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação da nossa vida com o seu Evangelho Redentor.

Busquemos sentir com Jesus.

Não nos esqueçamos de que a língua fala com os homens e de que o coração fala com Deus.



André Luiz

Instruções Psicofônicas, 9, Francisco Cândido Xavier

FRATERNIDADE DOS DISCÍPULOS DE JESUS

Emmanuel


Meus amigos, muita paz.
A hora exige a nossa decisão, no sentido de buscarmos a fórmula básica do serviço com Jesus, se realmente nos propomos cooperar na obra regeneradora do mundo, a partir de nós mesmos.
Agir sob a inspiração direta do Evangelho é o caminho de acesso à benção sublime a que o Céu nos destinou...
Crer, trabalhar e servir sem dogmas;
Sem exclusivismo;
Sem privilégios;
Sem conflitos;
Sem discórdia;
Sem separativismo;
Sem inquietação;
Sem desânimo;
Sem trincheiras intelectuais;
Sem torres de marfim do personalismo cristalizante;
Sem charcos do egoísmo dissolvente;
Sem títulos que desunam os nossos melhores propósitos de responder aos apelos do Divino Mestre.
Cristo fala-nos, como sempre, nas páginas eternas da Boa Nova, de braços abertos...
Quem puder abandonar a velha e petrificada concha do "eu", para escutar-Lhe os ensinos, na acústica do coração e da consciência, decerto não encontrará outra senda que não seja a da verdadeira fraternidade - a única que nos conduzirá, com segurança, à nossa ressurreição para a Vida Imperecível!...


(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, solicitada por um grupo de irmãos, servidores da Doutrina)


(Do livro "Vida e Caminho", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:
http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html


Realização:
Instituto André Luiz
http://www.institutoandreluiz.org/

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

História de Rosa Vermelha



A tarde caia lentamente. Assustada, Rubia apertou o passo quando percebeu, que um homem a seguia. Era Felinto, o bêbado da cidade. Tentou entrar por ruelas estreitas para despistar seu perseguidor. No entanto, ele continuava caminhando, a poucos passos dela. Rubia lançava olhares para todas as direções tentando encontrar alguém que a pudesse ajudar, mas era vão. A cidade estava deserta. Nem os moleques que costumavam correr por ali todas as tardes se faziam presentes nesse dia.
Já tinha ouvido falar das grandes bebedeiras daquele homem, porém nunca soube que ele houvesse feito mal a alguém. Mesmo assim, a respiração pesada, que ouvia, vinda dele, a cada passo que dava, deixava-a apavorada e insegura quanto ao motivo daquela perseguição.
Nunca saia sozinha. Aos dezessete anos, era uma moça de rara beleza e seus irmãos mais velhos nunca permitiam que fosse às ruas sem ter, ao menos um deles, como acompanhante. Nessa tarde escapara da vigilância cerrada e fora ao campo respirar um pouco de ar puro. Ao retornar, satisfeita por ter fugido um pouco da rotina, percebera os passos de Felinto e seu coração gelou. Havia algo de muito errado naquela atitude. Agora já estava correndo. Ele corria também. As mãos fortes do homem agarraram-na e uma delas imediatamente cobriu-lhe a boca.
A mão livre corria pelo seu corpo. Ela já não tinha dúvida quanto ao interesse que despertara. Freneticamente tenta se livrar, mas ele é muito forte. Uma dor aguda anuncia que chegara ao fim. Aquele infeliz tomara sua virgindade à força. Com os olhos nublados pelo ódio vê o homem levantar-se com um sorriso cínico dirigido a ela. Num relance, percebe, perto de si, uma grande pedra pontiaguda. Com rapidez se ergue já com a pedra na mão. Felinto está de costas, absorvido na tarefa de fechar a calça. Sem titubear, ela atinge sua cabeça com um golpe certeiro. Surpreso, o homem se vira. O sangue corre pelo seu rosto. Tomado de ódio e dor, agarra Rubia novamente e aperta-lhe o pescoço com extrema violência. Caem ambos por terra. A moça ainda vê a morte passar pelos olhos do homem, antes de também exalar o último suspiro.
O caminhar do espírito de Rubia, por vales sombrios, foi longo e doloroso. De outras encarnações trazia pesada carga. O assassinato de Felinto só fez aumentar, seu período de sofrimento em busca de conhecimento e luz. Hoje, em nossos terreiros, se chama Rosa Vermelha. A pomba-gira dos grandes amores. Discreta e bela, sua incorporação encanta a todos que a conhecem.
Sarava a pomba-gira Rosa Vermelha!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cabocla Indaiá e alguns Pontos


Ponto da Cabocla Indaiá
Indaiá oh, indaiá...
como vai areia, como vai areia...
como vai o mar...
Indaiá oh, indaiá...
como vai areia, como vai areia...
como vai o mar...
Indáiá e quem me diz,
o momento que dá pé,
pra eu sair com meu veleiro,
sem perigo da maré,
Quando canta a mãe sereia,
não quer que ninguém se esconda
É sinal de tempo bom...
Janaína vem na onda...
É sinal de tempo bom...
Janaína vem na onda...
Indaiá oh, indaiá...
como vai areia, como vai areia...
como vai o mar...
Indaiá oh, indaiá...
como vai areia, como vai areia...
como vai o mar...
Quando quero navegar
eu consulto Indaía...
É a mãe das caboclinas
dos domínios de Iemanjá
Ela vem com a magia...
da família encantada...
da estrela que se vê...
ao romper da madrugada....
da estrela que se vê...
ao romper da madrugada....
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Para ouvir clique:
http://www.esnips.com/doc/0cebe80b-594c-4288-9e33-e4f129340c56/CABOCLA-INDAIÁ-

Ponto da cabocla do Mar
Quando as águas do rio...
encontrarem as ondas do mar,
eu farei um pedido...
pra cabocla na areia firmar...
Quando as águas do rio...
encontrarem as ondas do mar,
eu farei um pedido...
pra cabocla na areia firmar...
a lua no céu clareou...
os filhos de Iemanjá...
salve a mãe sereia...
saravá a cabocla do mar...
salve a mãe sereia...
saravá a cabocla do mar...
--------------------------------------
Para ouvir clique:
http://www.esnips.com/doc/661c5cfb-0ca7-4004-8638-3d3e4059e084/Yemanjá---Cabocla-do-Mar

Ponto de Indaia
Olha que cabocla linda
Que Rei das Matas mandou chamar 2x

Oh Indaia é da Linha da Umbanda
Oh Indaia é da linha de Iemanjá 2x

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ave Maria

Ave Maria cheia de Graça,
O Senhor é convosco,
Bendita sois vós entre as mulheres.
Bendito é o fruto do vosso ventre - Jesus.
Santa Maria, mãe de Jesus.
Rogai a Deus por nós os pecadores
Agora e na hora de nossa morte.

Amém.

Pai Nosso

Pai Nosso que estais no céu ,
Santificado seja o vosso nome,
Venha a nós o vosso reino,
Seja feita a vossa vontade,
Assim na terra como no céu,
O pão nosso de cada dia,
Nos dai hoje Senhor.
Perdoai as nossas ofensas,
Assim como nós perdoamos,
A quem nos tem ofedendido.
Não nos deixei cair em tentação,
Mas livrai-nos, Sagrado Senhor,
De todos os males.

Que assim seja!

Prece de Cáritas

DEUS, NOSSO PAI, que tendes poder e bondade, daí a força àquele que passa pela provação, daí luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

DEUS, daí ao culpado o arrependimento, daí ao espírito a verdade, daí a criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor, que vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.

Piedade, meu DEUS, para aquele que não Vos conhece, esperança para aquele que sofre.

Que vossa bondade permita hoje aos espíritos consoladores derramem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.

DEUS, um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a terra; deixa nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão; um só coração, um só pensamento subirá até vós, como grito de reconhecimento e amor.

Como Moisés, sobre a montanha, nós esperamos com os braços abertos para vós, Ó Poder, Ó Bondade, Ó Beleza, Ó Perfeição, e queremos de alguma sorte forçar Vossa Misericórdia.

DEUS, dai-nos força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós.

Dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas o espelho onde deve refletir a Vossa Imagem.

Que assim seja.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Caridade Segundo o Espiritismo

I – A Caridade Material e a Caridade Moral

IRMÃ ROSÁLIA

Paris, 1860




9 – “Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos que nos fosse feito”. Toda a religião, toda a moral, se encerram nestes dois preceitos. Se eles fossem seguidos no mundo, todos seriam perfeitos. Não haveria ódios, nem ressentimentos. Direi mais ainda: não haveria pobreza, porque, do supérfluo da mesa de cada rico, quantos pobres seriam alimentados! E assim não mais se veriam, nos bairros sombrios em que vivi, na minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças necessitadas de tudo.

Ricos! Pensai um pouco em tudo isso. Ajudai o mais possível aos infelizes; daí, para que Deus vos retribua um dia o bem que houverdes feito: para encontrardes, ao sair de vosso invólucro terrestre, um cortejo de Espíritos reconhecidos, que vos receberão no limitar de um mundo mais feliz.

Se pudésseis saber a alegria que provei, ao encontrar no além aqueles a quem beneficiei, na minha última vida terrena!

Amai, pois, ao vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que o desgraçado que repelis talvez seja um irmão, um pai, um amigo que afastais para longe. E então, qual não será o vosso desespero, ao reconhecê-lo depois no Mundo dos Espíritos!

Quero que compreendais bem o que deve ser a caridade moral, que todos podem praticar, que materialmente nada custa, e que não obstante é a mais difícil de se por em prática.

A caridade moral consiste em vos suportardes uns aos outros, o que menos fazeis nesse mundo inferior, em que estais momentaneamente encarnados. Há um grande mérito, acreditai, em saber calar para que outro mais tolo possa falar: isso é também uma forma de caridade. Saber fazer-se de surdo, quando uma palavra irônica escapa de uma boca habituada a caçoar; não ver o sorriso desdenhoso com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se julgam superiores a vós, quando na vida espírita, a única verdadeira, está às vezes muito abaixo: eis um merecimento que não é de humildade, mas de caridade, pois não se incomodar com as faltas alheias é caridade moral.

Essa caridade, entretanto, não deve impedir que se pratique a outra. Pelo contrário: pensai, sobretudo, que não deveis desprezar o vosso semelhante; lembrai-vos de tudo o que vos tenho dito; é necessário lembrar, incessantemente, que o pobre repelido talvez seja um Espírito que vos foi caro, e que momentaneamente se encontra numa posição inferior à vossa. Reencontrei um dos pobres do vosso mundo a quem pude, por felicidade, beneficiar algumas vezes, e ao qual tenho agora de pedir, por minha vez.

Recordai-vos de que Jesus disse que somos todos irmãos, e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus! Pensai naqueles que sofrem, e orai.

*





UM ESPÍRITO PROTETOR

Lyon, 1860

10 – Meus amigos, tenho ouvido muitos de vós dizerem: Como posso fazer a caridade, se quase sempre não tenho sequer o necessário?

A caridade, meus amigos, se faz de muitas maneiras. Podeis fazê-la em pensamento, em palavras e em ações. Em pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem terem sequer vivido; uma prece de coração os alivia. Em palavras: dirigindo aos vossos companheiros alguns bons conselhos. Dizei aos homens amargurados pelo desespero e pelas privações, que blasfemam do nome do Altíssimo: “Eu era como vos; eu sofria, sentia-me infeliz, mas acreditei no Espiritismo e, vede agora sou feliz!” Aos anciãos que vos disseram: “É inútil; estou no fim da vida; morrerei como vivi”, respondei: “A justiça de Deus é igual para todos; lembrai-vos dos trabalhadores da última hora!” Às crianças que, já viciadas pelas más companhias, perdem-se nos caminhos do mundo, prestes a sucumbir às suas tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos!”, e não temais repetir freqüentemente essas doces palavras, que acabarão por germinar nas suas jovens inteligências, e em lugar de pequenos vagabundos, fareis delas verdadeiros homens. Essa é também uma forma de caridade.

Muitos de vós dizeis ainda: “Oh! somos tão numerosos na terra, que Deus não pode ver-nos a todos!” Escutai bem isso, meus amigos: quando estais no alto de uma montanha, vosso olhar não abarca os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: Deus vos vê da mesma maneira; e Ele vos deixa o vosso livre arbítrio, como também deixais esses grãos de areia ao sabor do vento que os dispersas. Com a diferença que Deus, na sua infinita misericórdia, pôs no fundo do vosso coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Ouvi-a, que ela vos dará bons conselhos. Por vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal, e então ela se cala. Mas ficai seguros de que a pobre relegada se fará ouvir, tão logo a deixardes perceber a sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a, e freqüentemente sereis consolados pelos seus conselhos.

Meus amigos, a cada novo regimento o general entrega uma bandeira. Eu vos dou esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros”. Praticai essa máxima: reunir-vos todos em torno dessa bandeira, e dela recebereis a felicidade e a consolação.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cambone de Umbanda

Gostaria de abordar um trabalho de extrema importância no terreiro que é o de cambone.

O trabalho de Umbanda no atendimento ao consulente também funciona como um relógio, que tanto no astral com na parte material depende do bom funcionamento

de sua engrenagem.

Existe toda uma expectativa no início dos trabalhos, cada casa tem seu ritímo, mas o que não muda é aquela adrenalina e ansiedade (benéfica) à espera da linha de trabalho a ser chamada. Muitas vezes por tempo de trabalho e por dedicação e afinidade, o cambone se sente um misto de peça importante com um filho de todas as entidades que na casa se manifestam.

É, muitas vezes, temos esse sentimento, de atenção com tudo, preparar o espaço para a chegada dos Guias Espirituais, pembas, blocos de anotação, velas, tudo tem de estar a contento, a assistência, ansiosa, tem que ser bem recebida e conduzida aos Guias.

Todo o trabalho transcorre numa dinâmica de atenção, concentração e doação, dependendo muito do amor e da dedicação de todos, inclusive dos cambones. Aí entra

também o sentimento de ser filho de cada um dos Guias espirituais, que com o tempo

só de olhar sabem como estamos, como um pai que olha o filho pequeno. Os cumprimentos e o abraço de um, a palavra do outro, a “chamada” de um terceiro, e a

gente vai, crescendo como crianças dentro de uma grande família de sábios, anciões,

companheiros, pais e mães espirituais.

Chegando até mesmo um ponto, em que ao meio de inúmeros Guias, o cambone

ouve mentalmente o chamado de um ou outro Guia Espiritual com mais afinidade

com o cambone, solicitando sua presença ali ao seu lado. Isso não tem preço !

Não digo que cada dia de trabalho tem um aprendizado, mas sim, cada atendimento,

sendo este ligado apenas um médium e suas entidades ou como também os cambones que atendem vários médiuns sem ser específico de um só.

Muito depende do funcionamento de cada casa, mas o trabalho de ser cambone é

uma escola, um aprendizado sem fim, que aos atentos, faz aumentar a fé, descobrir-se e sentir amado e especial.

Existem dias, em que o cansaço e eventuais dificuldades atrapalham, mas são nesses dias, em que a espiritualidade te recompensa com um abraço de um pai querido ou um ramo de arruda imantado.

Enfim, cada gesto dessa grande corrente, não só de pais e mães espirituais, mas como também os “colegas”, irmãos de trabalho que se ajudam e muitas vezes, sob a coordenação de um guia espiritual fazem o revezamento de descarregos para os mais necessitados da corrente.

Ser cambone é ser importante para o bom funcionamento do trabalho, exige ser atento, concentrado, estudar, aprende e se incorporar à dinâmica de trabalho da Umbanda, estar preparado para toda um esforço físico, mental e espiritual de trabalho e acima de tudo amar a Deus e o que faz .

Hoje, de um modo geral, por todo o trabalho de doutrina, esclarecimento e preparação, os cambones são vistos como parte importante da engrenagem de funcionamento de uma casa, mas apelo aos irmãos, colegas de trabalho, que se vejam, não com soberbia na importância do seu trabalho em uma casa, mas como privilegiados e abençoados por tanta generosidade que recebem em cada auxilio às entidades, sem precisar mencionar do auxilio que cada cambone, como médium de umbanda recebe de seus próprios amparadores espirituais. Percebam e internalizem para poderem retransmitir, a gratidão, os pequenos gestos de humildade e delicadeza, a generosidade e o trabalho extramamente gratificante e engrandecedor de servir ao Pai, servindo a muitos.

Se tiverem amor pelo trabalho de cambone, receberão amor enquanto forem membros neste ponto da hierarquia, e no futuro também colherão amor e doarão amor de toda a corrente.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mediunidade

“159. Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva.

Deve-se notar, ainda, que essa faculdade não se revela em todos da mesma maneira. Os médiuns têm, geralmente, aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos, o que os divide em tantas variedades quantas são as espécies de manifestações. As principais são: médiuns de efeitos físicos, médiuns sensitivos ou impressionáveis, auditivos, falantes, videntes, sonâmbulos, curadores, pneumatógrafos, escreventes ou psicógrafos. (Cap. 14,item 159, Livro dos Médiuns).”

A mediunidade é a faculdade através da qual mantemos contato entre o mundo material e o mundo dos espíritos. Ela se manifesta de forma mais ou menos ostensiva em todos os indivíduos. Mas, em cada um, manifesta-se em menor ou maior grau. Pode ser caraterizada através do uso de nossa intuição, em grau mais leve, ou nos casos de incorporação do médium pelo espírito, de forma mais ostensiva. Quando se apresenta marcante e forte diz-se que o médium é ostensivo. Quando sutil e rudimentar, de fenômenos esparsos e esporádicos de pouca intensidade, diz-se que o médium tem mediunidade oculta. Este último corresponde a mediunidade presente em todos os homens.

Desta definição podemos tirar a conclusão de que todos possuímos um canal psíquico através do qual os espíritos que habitam os diversos planos diferentes frequentemente entram em contato conosco, já que continuamente nos colocamos em contato com o plano espiritual seja através de fenômenos inconscientes, das preces ou intuições que recebemos. Porém, dentro da conceituação espiritualista, o médium é aquele que apresenta os sintomas desse contato com o plano espiritual de forma ostensiva.

A mediunidade está presente na Terra desde os primórdios da raça humana, uma vez que é sentido inerente à ela, desde que sempre houve a necessidade do intercâmbio entre o mundo dos encarnados e dos desencarnados.

De um análise acurada da Bíblia podemos dizer que, sem sombra de dúvidas, o fenômeno mediúnico está presente pelos tempos e dela trouxe Jesus provas e testemunhos que deixou e que se perpetua através dos tempos, com o desenvolvimento do Cristianismo.

No Novo Testamento, Paulo nos narra os fenômenos mediúnicos em vários versículos de sua Carta aos Coríntios, onde destacamos, a título de exemplo os seguintes versículos:

“21 Está escrito na lei: Por gente doutras línguas e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.

22 De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.

23 Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão, porventura, que estais loucos?

24 Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.

25 Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós. (Carta aos Corintios, capitulo 14, vss. 21/25).

....

31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.”

Com tais exemplos da manifestação mediúnica, Paulo, além de reconhecer a veracidade do fenômeno, apresenta-o como atividade típica da relação do homem com Deus e recomenda seu desenvolvimento para a prática da caridade e das Leis Divinas.



- GRAUS DE MEDIUNIDADE:

A mediunidade está classificada, nos estudos espiritualista, em diferentes graus, como consciente, semi-consciente e inconsciente.

A mediunidade consciente é cada dia mais comum, uma vez que quanto mais consciente a mente do médium durante a incorporação, melhor a forma de afinidade entre o médium e o espírito desencarnado, propiciando um trabalho mais eficiente de atendimento a quem procura solução para seus problemas, não havendo , no entanto, interferências do espírito do médium no desenvolver do trabalho do espírito desencarnado, ou entidade espiritual.

Na verdade, a diferença entre o médium consciente e o inconsciente não é a de que o médium inconsciente não participa do processo de incorporação conscientemente. O que ocorre é que após a incorporação, o médium se recorda de tudo o que foi dito pela entidade, o que não ocorre nos casos da mediunidade inconsciente, quando o espírito desencarnado não deixa essa lembrança com o médium na hora em que ocorre a desincorporação.

Com relação à semi-inconsciência o que pode ser dito é que ao invés de haver a lembrança total do médium de tudo que ocorreu durante o transe mediúnico, nos casos da mediunidade consciente, ou da ausência total da lembrança, quando este é inconsciente, o médium lembra parcialmente de algo do que foi dito ou do que se fez.

O espírito desencarnado, no processo de incorporação, controla a fala e todas as funções endócrinas do corpo do médium, principalmente as funções nervosas e cardíacas, fazendo com que o fluxo sanguíneo do médium diminua sua intensidade para que haja o menor dispêndio de energia possível, fator que acarreta uma diminuição da temperatura do corpo do médium, o que provoca certa surpresa naqueles que tocam no corpo do médium incorporado. O corpo do médium durante o transe mediúnico está em constante vibração pelo contato da energia do espírito desencarnado com a do espírito do médium.

Nos primórdios da Umbanda, a forma mais corriqueira de incorporação era a inconsciente, quando surgiu a denominação “cavalo”, ou “burro” para o médium iniciante, uma vez que por desconhecimento do fenômeno, o médium relutava bastante, não deixando que o espírito desencarnado (entidade) tomasse o controle de seu corpo, fazendo com que o fenômeno mediúnico ocorresse de forma que a entidade tinha quase que “montar” no médium em que iria incorporar.

O que ocorria, nesses casos, era que o médium, ao haver a saída do corpo da energia do espírito desencarnado, recuperava seus sentidos como se estivesse saindo de um sono profundo, o que leva muitas pessoas a acharem até hoje que na incorporação, haja a saída do corpo do espírito do médium, que este se afasta, ou coisas assim, quando na verdade, somente há uma sintonia de espírito para espírito, fazendo com que a entidade espiritual controle os sentidos corporais, mas não se apossando do corpo do médium, que só possui uma alma durante a vida.

Assim, confunde-se a passividade do médium e sua falta de lembrança após o transe mediúnico, com a sua ausência do corpo material, o que não ocorre. Há somente o transe mediúnico durante o qual o espírito tem suas funções controladas pelo espírito comunicante que tem plenos poderes do corpo, de sua parte psíquica, física, sensorial e motora.

Tipos de Mediunidade

Psicofonia:


Na Umbanda, a forma mais freqüente de manifestação do fenômeno mediúnico é através da incorporação, apesar de tal termo não representar a exata realidade, uma vez que não há possibilidade de dois espíritos ocuparem a mesma matéria ao mesmo tempo. Usa-se o termo “incorporação” uma vez que o médium tem sua voz, suas maneiras e trejeitos e até mesmo a sua feição, em alguns casos, modificados pelo espírito que está exercendo sua influência na matéria durante o fenômeno mediúnico, dando a impressão de que este “entrou” no corpo do médium.



Na verdade, o que ocorre é uma comunicação entre o espírito desencarnado e o espírito do médium, mente a mente, dando a impressão de que o médium está incorporado. Durante a incorporação o espírito comunicante atua diretamente sobre os centros nervosos de controle do corpo do médium. Conforme o grau de exteriorização do períspirito do médium, o espírito comunicante tem maior ou menor controle dos centros nervosos do corpo do médium.



Para que se dê a incorporação, o espírito comunicante necessita ligar-se energeticamente ao corpo do médium, e faz isso através de pontos específicos que se localizam na região encefálica, na região toraco-abdominal e na região do cóccix, atuando nos chacras existentes nessas regiões.



- Psicografia:

Comumente são denominados médiuns escreventes aqueles que manifestam a mediunidade pela psicografia, ou seja, quando os espíritos comunicantes atuam de forma a levarem o médium a escrever.

A psicografia classifica-se em mecânica, semi-mecânica e intuitiva.

Na psicografia mecânica, o médium não sabe o que escreve, atuando o espírito comunicante diretamente sobre a mão do médium de forma muito rápida, mantendo a forma e a caligrafia que personaliza o espírito desencarnado.

Na semi-mecânica, o espírito comunicante interage com a alma do médium dominando parcialmente sua mão e braço, sendo que o médium só tem consciência do que escreve na medida em que as palavras vão sendo escritas.

A mediunidade intuitiva é a mais freqüente atualmente, sendo que o espírito comunicante interage com a alma do médium transmitindo mentalmente suas idéias, servindo este como intérprete da mensagem do espírito desencarnado, já que o médium tem consciência do teor da mensagem que será transmitida antes mesmo de escrevê-la.




- Vidência:

Fenômeno mediúnico que se caracteriza pela visualização das coisas, ambientes e espíritos do mundo espiritual. O médium tem ciência do mundo espiritual, podendo vislumbrá-lo, seja através de cenas do presente, do passado ou do futuro.



Essa visualização se dá com os “olhos” do espírito, o médium enxerga através de sua alma, já que os vislumbra mesmo que esteja de olhos fechados. A vidência também se caracteriza pela visualização através de outros meios, como em um copo de água, no chão, etc...

A vidência não se confunde com a clarividência, uma vez que esta última não é mediunidade, mas capacidade anímica do médium, que o permite ter uma visão de cenas e objetos que os olhos físicos não podem alcançar. Não existe, na clarividência, comunicação do médium com o espírito desencarnado, como ocorre na mediunidade, é sim a clarividência manifestação anímica do médium, espírito encarnado, que se dá através da emancipação de sua alma. Também se chama a clarividência de “2ª. visão”.

- Audiência:

Manifestação mediúnica que permite ao médium escutar no campo fluídico os sons produzidos no plano espiritual.

Da mesma forma que a clarividência, o médium pode através de capacidade anímica, possuir clariaudiência que permite que ele perceba os sons produzidos até onde o campo fluídico de seu espírito alcançar, através da emancipação da alma.

- Sensitividade:

Médiuns sensitivos são aqueles capazes de perceberem o nível vibratório de um ambiente ou presente em pessoas ou coisas, sentindo o padrão energético no qual estes se encontram, seja positivo ou negativo.

Falando especificamente na manifestação mediúnica na Umbanda, a modalidade mais popular pelos centros e terreiros pelo Brasil é a incorporação, sendo a forma utilizada pelas entidades dessa religião para trazerem a Mensagem Divina a esses filhos de Deus tão descrentes, já que o fenômeno mediúnico passa a ser o contato direto do plano espiritual com o físico, não havendo um intérprete ou um compilador das mensagens astrais.

Com a Umbanda, e consequentemente, a incorporação de seus Guias e Entidades espirituais, o plano terreno, os espíritos encarnados passaram a ter a espiritualidade falando diretamente com o ser humano, porque não precisavam mais de oráculos ou sacerdotes que lhes transmitissem os ensinamentos a serem seguidos e ditados por Deus ou pelo Mestre Jesus.

Passaram sim, a ter ao contato de suas mãos, olhos e inteligência a própria entidade, o próprio Guia espiritual, o próprio guardião de seus caminhos a lhes dizer o certo e o errado. A lhes mostrar suas falhas, seus débitos ou mesmo suas virtudes, para trabalharem nesse sentido e alcançarem sua evolução.

Ponto dos Marinheiros

Seu marinheiro
Que vida é a sua
Tomando cachaça
caindo na rua ?

Eu bebo sim
Eu bebo muito bem
Bebo com meu dinheiro
Não devo nada a ninguem

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Navio Negreiro no fundo do mar
Navio Negreiro no fundo do mar
Correntes pesadas arrastando na areia
A negra escrava se pos a cantar
A negra escrava se pos a cantar

Saravá minha Mãe Iemanjá
Saravá minha Mãe Iemanjá

Virou a caçamba pro fundo do mar
Virou a caçamba pro fundo do mar
Quem me salvou foi mãe Iemanjá
Quem me salvou foi mãe Iemanjá

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O Cirandeiro
Cirandeiro ó
O Cirandeiro
Cirandeiro ó

A pedra do seu anel
Brilha mais que ouro em pó
A pedra do seu anel
Brilha mais que ouro em pó
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Seu Martim Pescador
Que vida é a sua?
É bebendo cachaça
Caindo na rua

Eu também sei nadar
Eu também sei nadar no mar
Eu também sei nadar
Eu também sei nadar no mar

Eu também sei, também sei, também sei nadar
Eu também sei, também sei, também sei nadar

Na barra vi só dois navios
Perguntando se podia entrar
A barra já está tomada seu marujo
Nessa barra aqui quem manda é Oxalá
A barra já está tomada seu marujo
Nessa barra aqui quem manda é Oxalá

Ponto dos Boiadeiros

Seu boiadeiro por aqui choveu
Seu boiadeiro por aqui choveu
Choveu, choveu
Relampiou
Foi nessa água que seu boi nadou

Mas,
Seu boiadeiro por aqui choveu
Seu boiadeiro por aqui choveu
Choveu, choveu
Relampiou
Foi nessa água que seu boi nadou

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Seu boiadeiro por aqui choveu
Choveu que água rolou
Foi nessa água que seu boi nadou
Foi nessa água que seu boi nadou

Seu boiadeiro cadê sua boiada?
Sua boiada ficou em Belém
Chapéu de couro ficou lá também
Chapéu de couro ficou lá também

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Olha meu camarada
Camarada meu
Olha meu camarada
Camarada meu
Sou Boiadeiro que cheguei aqui agora
Candomblé toca no keto
Mandar tocar angola



(Substitua BOIADEIRO por um nome de orixá - exemplo abaixo )

Olha meu camarada
Camarada meu
Olha meu camarada
Camarada meu
Sou Zé do Laço que cheguei aqui agora
Candomblé toca no keto
Mandar tocar angola

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A minha boiada é de 31
Vieram trinta
Está faltando um

Boiadeiro Boiadeiro
Sua boiada esparramada
Boiadeiro chama seu guia
E vem ver sua boiada

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Seu Boiadeiro
cadê sua boiada?

Seu boiadeiro
Cade sua boiada?

Seu boiadeiro na Jurema é nosso pai
É nosso camarada
Seu boiadeiro na Jurema é nosso pai
É nosso camarada

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Toque o berrante, boiadeiro
Toque o berrante
Toque o berrante pra anunciar sua chegada
É os boiadeiros que vem lá de Aruanda
Pra trabalhar nesta tenda de Umbanda

Ponto dos Bahianos

É lamp, é lamp, é lamp
É Lamp, é Lampião
O seu nome é Virgulino
Apelido é Lampião

Lampião tava dormindo
acordou todo assustado
deu um tiro na barata
Pensando que era soldado

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Baiano é um povo bom
Povo trabalhador
Baiano é um povo bom
Povo trabalhador

Quem mexe com baiano
Mexe com Nosso Senhor
Quem mexe com baiano
Mexe com Nosso Senhor

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Quem nunca viu, vem ver
Caldeirão sem fundo ferver
Quem nunca viu, vem ver
Caldeirão sem fundo, ferver

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Bahia
ô África
Venha nos ajudar
Bahia
ô África
Venha nos ajudar
Povo baiano, povo africano
Povo baiano, vem cá vem cá

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Baiana faz e não manda
Não tem medo de demanda
Baiana faz e não manda
Não tem medo de demanda

Baiana feiticeira
Filha de Nagô
Trabalha com pó de pemba
Pra ajudar Babalaô
Baiana sim
Baiana vem
Quebra a mandinga com dendê
Baiana sim
Baiana vem
Quebra a mandinga com dendê

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Quem tem baiano
Agora que eu quero ver
Firma seu ponto
Com azeite de dendê

Eu quero ver a baianada de Aruanda
Trabalhando na Umbanda
Pra quimbanda não vencer
Eu quero ver a baianada de Aruanda
Trabalhando na Umbanda
Pra quimbanda não vencer

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Um baiano um coco
Dois baiano dois coco
Três baiano três coco
Quatro baiano uma cocada
Cinco baiano uma baianada

Cinco baiano uma baianada

Fui fazer uma caçada
Essa foi pequenininha
Com um facão de sete palmos
Fora o cabo e a bainha
Uma cesta de ovo
e setecentas galinhas !!

E o tricô ?
De cima da linha

E o tricô ?
De cima da linha

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Ô Meu irmão
Ô irmão meu
Cade meu irmão
Que não vem brincar mais eu?
Cade meu irmão
Que não vem brincar mais eu?

Eu to chamando
To chamando, to chamando
To cansado de chamar
To chamando
To chamando
To cansado de chamar

Cadê meu irmão
Que não vem brincar mais eu ?
Cadê meu irmão
Que não vem brincar mais eu ?

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Baiano bom
Baiano bom
Baiano bom é o que sabe trabalhar

Baiano bom
Baiano bom
Baiano bom é o que sabe trabalhar

Baiano bom
É o que sobe no coqueiro
Tira o coco, bebe a água
e deixa o coco no lugar

Baiano bom
É o que sobe no coqueiro
Tira o coco, bebe a água
e deixa o coco no lugar

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Na Bahia tem
Já mandei buscar
Lampião de vidro
Ôi sá Dona
Para trabalhar... ôooo

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Oi Lá vem Zé
Oi lá vem Zé
Oi lá vem Zé lá da Bahia!
Oi Lá vem Zé
Oi lá vem Zé
Oi lá vem Zé do Juremá
Oi Cade Zé?
Saravá Saravá
Oi Chegou o Zé
Saravá Saravá

Pontos de Preto Velho

O Lê lê Meu Deus do Céu
Que alegria !
O preto-velho nao carrega a soberbia
Meu Deus do céu isso aqui é que eu queria
A Estrela Dalva no ponto do Meio-Dia


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Pai João cadê vó Maria ?
Foi no mato apanhar guiné
Pai José cadê vó Luzia ?
Foi no mato apanhar guiné

Diga a ela quando vier
Que suba as escadas
E não bata o pé
Diga a ela quando vier
Que suba as escadas
E não bata o pé
===============================

Nessa casa tem quatro cantos
Cada canto tem um santo
Pai e filho, Espirito Santo
Nessa casa tem 4 cantos

Zum zum zum
Olha só Jesus quem é
Eu rezo para santas almas
Inimigo cai
Eu fico de pé

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O preto por ser preto
Não merece ingratidão
O preto fica branco
Na outra encarnação

No tempo da escravidão
Como o senhor me batia
Eu chamava por Nossa Senhora, Meu Deus!
Como as pancadas doíam

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Vovó não quer
Casca de coco no terreiro
Vovó não quer
Casca de coco no terreiro
Pra não lembrar dos tempos do cativeiro
Pra não lembrar dos tempos do cativeiro

Carpiste Angola
Eu to carpinando e tá crescendo
Olha que
Tô carpinando e tá crescendo
Tô carpinando e tá crescendo

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Cambina mamanhê
Cambina Mamãe-nhã
Oi segura a Campina que eu quero ver
Filhos de Umbanda não tem querer
Segura a Campina que eu quero ver
Filhos de Umbanda não tem querer

O Povo de Cambina
oi quando vem pra trabalhar
O Povo de Cambina
oi quando vem pra trabalhar
Todo o povo vem por terra
Campinar vem pelo mar
Todo o povo vem por terra
Campinar vem pelo mar

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Rei Congo, Rei Congo
Cadê preto-velho ?
Foi trabalhar na linha de Congo

É Congo, é Congo, é Congo
é de Congo, é de Congo aruêe
É Congo, é Congo, é Congo
Agora que eu quero ver...

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Tira o cipó do caminho, oi criança
Deixa a vovó atravessar
Tira o cipó do caminho, oi criança
Deixa a vovó atravessar

Eles vem chegando
São os preto velhos que vem trabalhar
Eles vem chegando
São os preto velhos que vem trabalhar

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Preto velho vem
Já vem de Aruanda
Preto velho vem
Já vem de Aruanda

Abenção meu Pai
Proteção para Nossa Umbanda
Abenção meu Pai
Proteção para Nossa Umbanda

Pontos de Oxósse e de Caboclos

Dentro da mata virgem
Uma linda cabocla eu vi
Com seu saiote
Feito de penas
É a Jurema filha de Tupi
Com seu saiote
Feito de penas
É a Jurema filha de Tupi

Jurema. Jurema , Jurema
Linda cabocla, filha de Tupi
Ela vem, lá da Juremá
Vem firmar seu ponto
Nesse congar

Ela vem, lá da Juremá
Vem firmar seu ponto
Nesse congar

==========================

Caboclinha da Jurema
Onde é que você vai ?
Vou pra casa de Odé, no terreiro de meu Pai

De Aruanda êee
De Aruanda aah
De Aruanda êee caboclinha de pemba
De Aruanda aah

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Caboclo roxo
Da pele morena
É Seu Oxóssi
Caçador lá da Jurema

Ele jurou e tornou a jurar
E ouviu os conselhos
Que a Jurema vai lhe dar

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Quem manda na mata é Oxóssi
Oxóssi é caçador
Oxóssi é caçador

Eu vi meu pai assobiar
Eu já mandei chamar
Eu vi meu pai assobiar
Eu já mandei chamar

É de Aruanda êeee
É de Aruanda aaaa
Seu Junco Verde é Aruanda
É de Aruanda aaaa

===========================

Não chores não caboclinho
Pra que chorar ?
A casa é sua caboclinho
Prá trabalhar !

Oi olhe agora,
E venha receber
Ogum de Ronda
Meu Pai Baluaê !

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Curimbembê, Curimbembá
Sete Flechas um grande orixá

Com sete dias de nascido
A Jurema o encontrou
Deitado na folha seca
O caboclo ela criou

Curimbembê, Curimbembá
Sete Flechas um grande orixá

Nasceu na mata de Oxóssi
Na aldeia de Juremá
O caboclo Sete Flechas
Iluminado por Oxalá

=====================

Oxóssi êeee
Oxóssi aaaaa
Oxóssi é marambolê, marambolá

Quem é aquele que vem lá de Aruanda
Montado em seu cavalo
Com seu chapéu de banda
Ele é Oxóssi de Aruanda eeeeee
Ele é Oxóssi de Aruanda aaaaa

===============================

Caboclo venceu demanda
Para o povo de Umbanda
Na ponta da sua flecha
Quando veio de Aruanda

Venceu...
Caboclo venceu...
No fundo da mata virgem
Oxalá gritou
- Esse filho é meu !!!
Esse filho é meu !!!

===============================

Onde está a Jurema?
A Jurema a onde está ?
Tá procurando os capangueiros
Que ainda estão na Juremá
Quem mandou chamar
Em nome do Pai Oxalá?
Foi seu Oxóssi caçador
Que já baixou nesse congar

Salve todo o povo da Jurema
Salve sua luz
Seu jacutá

Levando a todos lares e seus filhos
Trazendo paz e amor
Na fé de Oxalá

=========================

Oxalá chamou !
Oxalá chamou e já mandou buscar
Os caboclos da Jurema
Pro seu Juremá

Pai Oxalá
É o rei do mundo inteiro
Já deu ordens pra Jurema
Chamar seus capangueiros
Mandai, Mandai
Minha cabocla Jurema
Os seus guerreiros
Essa é a ordem suprema !!

===============================
Ogan segura o toque
Com Deus e a Virgem Maria
Ogan segura o toque
Com Deus e a Virgem Maria

Por Oxalá Meu Pai
Saravá Seu Ventania
Por Oxalá Meu Pai
Saravá Seu Ventania

===============================

Um grito na mata ecoou
Foi seu pena branca que chegou
Com sua flecha
Com seu cocar
Seu Pena Branca vem nos ajudar
Com sua flecha
Com seu cocar
Seu Pena Branca vem nos ajudar
=================================

Saravá seu Pena Branca
Saravá seu apache
Pega flecha e seu bodoque
Pra defender filhos de fé

Ele vem de Aruanda
Trabalhar neste casuá
Saravá Seu Pena Branca
No terreiro de Oxalá

Sua flecha vai certeira
Vai pegar no feiticeiro
Que fez juras e mandingas
Para o filho do terreiro
Pega o arco , atira a flecha
Que esse bicho é caçador
Além de ser castigo
Ele é merecedor

===============================

Ele atirou
Ele atirou e ninguém viu
Só seu Flecheiro é que sabe
A onde a flecha caiu
Ele atirou!


=================================

Tupinambá é canga na batalha
Tupinambá ee Tupinambá
Tupinambá guerreiro de Oxóssi
Tupinambá ee Tupinambá
Tupinambá vem defender seus filhos
Tupinambá ee Tupinambá

Só não apanha
Folha da Jurema
Sem ordem suprema
Do Pai Oxalá
Só não apanha
Folha da Jurema
Sem ordem suprema
Do Pai Oxalá
==============================

Tava na beira do rio
Sem poder atravessar
eu chamei pelos caboclos

Caboclo Tupinambá
eu chamei pelos caboclos
Caboclo Tupinambá

Tupinambá chamei
Chamei tornei chamar eaahhh
Tupinambá chamei
Chamei tornei chamar eaahhh

Pontos de Ogum

Seu Ogum Beira Mar
O que trouxes do mar ?
Seu Ogum Beira Mar
O que trouxes do mar ?

Quando ele vem
Beirando a areia
Vem trazendo no braço direito
O rosário de Mamãe Sereia
Quando ele vem
Beirando a areia
Vem trazendo no braço direito
O rosário de Mamãe Sereia

==============================

Ogum em seu cavalo corre
E a sua espada reluz
Ogum em seu cavalo corre
E a sua espada reluz

Ogum, Ogum Megê
Sua bandeira cobre os filhos de Jesus
Ogunhê

==============================

Se meu pai é Ogum
Vencedor de demanda
Ele vem de Aruanda
Pra salvar filhos de umbanda

Ogum, Ogum, Ogum Iara
Ogum, Ogum, Ogum Iara
Salve os campos de batalha
Salve as sereias do mar

Ogum, Ogum Iara
Ogum, Ogum Iara
================================

Ogum venceu demanda
Nos campos do Humaitá
Ogum venceu demanda
Nos campos do Humaitá

Cruzou sua espada na areia
Lavou seu escudo no mar
Cruzou sua espada na areia
Lavou seu escudo no mar

=============================

Em seu cavalo branco ele vem montado
Calçando botas ele, vem armado

O vinde , vinde , vinde
Nosso Salvador
O vinde , vinde , vinde
São Jorge defensor

=============================

Por entre matas, por entre ares e terras
Eu entendi o que meu Pai quis dizer
Por entre matas, por entre ares e terras
Eu entendi o que meu Pai quis dizer
Que Ogum...

[Que] Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar

===============================
Cavaleiro na porta bateu
Eu passei a mão na pemba para ver quem era...
Cavaleiro na porta bateu
Eu passei a mão na pemba para ver quem era...

Era São Jorge guerreiro, minha gente !
Cavaleiro na força e na fé
Era São Jorge guerreiro, minha gente !
Cavaleiro na força e na fé

===============================

Eu venho de Alta cidade
Venho saudar a aldeia de umbanda
Estou saudando São Jorge Guerreiro
Com licença de Ogum da Ronda

================================

Ogum de Ronda
Salve Ogum de Ronda
Salve Ogum de Ronda que acaba de chegar

Ogum de Ronda
Ele é guerreiro
Chegou nesse terreiro
Pro seus filhos ajudar

Ogum de Ronda
Em seu cavalo branco
Corre em todas as campinas
Do nosso pai Oxalá

Ogum de Ronda
Salve Ogum de Ronda
Salve Ogum de Ronda que acaba de chegar

================================

Que cavaleiro é aquele
Que vem cavalgando pelo céu azul
É seu Ogum Rompe Mato
Ele é defensor do cruzeiro do Sul

E e e
E e aaaa
E e e seu Ogum
Pisa na Umbanda
E e e
E e aaaa
E e e seu Ogum
Pisa na Umbanda

Olha que barco bonito
Que vem navegando em pleno mar
É seu Ogum Sete Ondas
Que vem ao encontro
De Ogum Beira Mar
================================

Ogum de Lei
Não me deixes sofrer tanto assim
Ogum de Lei
Não me deixes sofrer tanto assim

Quando eu morrer
Vou passar em Aruanda
Saravá Ogum
Saravá Seu Sete Ondas

Quando eu morrer
Vou passar em Aruanda
Saravá Ogum
Saravá Seu Sete Ondas

Pontos de Oxum

O viva Oxum
Iansã e Nanã
Mamãe Sereia
Viemos saudar

Oi me leva
Pras ondas grandes
Eu quero ver as sereias cantar
Eu quero ver os caboclinhos na areia
Oi como brincam com Iemanjá
Aruê, ê, ê, êeee
Aruê Mamãe é dona do mar
Aruê, ê, ê, êeee
Aruê Mamãe é dona do mar

========================

Eu vi a mamãe Oxum
Sentada na cachoeira
Colhendo os lírios, lírios ê
Colhendo os lírios, lírios Ah
Colhendo lírios pra enfeitar nosso congar
Colhendo os lírios, lírios ê
Colhendo os lírios, lírios Ah
Colhendo lírios pra enfeitar nosso congar

Pontos de Iansã

Minha Santa Bárbara
Virgem da coroa
Pelo amor de Deus Santa Bárbara
Não me deixe a toa

Minha Santa Bárbara
Virgem da coroa
A Coroa é dela Xangô
É da pedra de ouro.

=================================
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor

Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô

Pontos para Oxalá

Meu Pai Oxalá
É o Rei, venha me valer
Meu Pai Oxalá
É o Rei, venha me valer
O velho Omulu
Atotô Baluaê
Atotô Baluaê

Atotô Baluaê
Atotô Baba
Atotô Baluaê
Atotô é orixá

===========================

Oxalá meu pai
Tem pena de nós, tem dó
Se as voltas no mundo é grande
Seus poderes são maior
Oxalá meu pai
Tem pena de nós, tem dó
Se as voltas no mundo é grande
Seus poderes são maior

O malei malei
O malei malá
O malei malei
Salve as forças de Oxalá !

Pontos de Abertura e Fechamento das Giras

Vou abrir minha Jurema
Vou abrir meu Juremá
Vou abrir minha Jurema
Vou abrir meu Juremá
Com licença de mamãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá
Com licença de mamãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá

Já abri minha Jurema
Já abri meu Juremá
Já abri minha Jurema
Já abri meu Juremá
Com licença de mamãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá
Com licença de mamãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá

==========================

Eu abro a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu abro a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Eu abro a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu abro a nossa gira
Sambolê pemba de angola

Abriu, abriu, abriu
Abriu deixa abrir
Com as forças da Jurema
Jurema Juremá

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Vamos abrir a nossa gira
Com licença de Oxalá
Vamos abrir a nossa gira
Com licença de Oxalá

Salve Xangô
Salve Iemanjá
Mamãe Oxum, Nanã Buroquê
Salve Cosme e Damião
Oxóssi, Ogum
Oxumaré
Salve Cosme e Damião
Oxóssi, Ogum
Oxumaré

===============================

Eu fecho a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu fecho a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Eu fecho a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu fecho a nossa gira
Sambolê pemba de angola

Fechou, fechou, fechou
Fechou deixa fechar
Com as forças da Jurema
Jurema Juremá

==============================

Vamos fechar a nossa gira
Com licença de Oxalá
Vamos fechar a nossa gira
Com licença de Oxalá

Salve Xangô
Salve Iemanjá
Mamãe Oxum, Nanã Buroquê
Salve Cosme e Damião
Oxóssi, Ogum
Oxumaré
Salve Cosme e Damião
Oxóssi, Ogum
Oxumaré

===============================

Estrela da Guia
Que guiou nossos pais
Guiai nossos filhos
Pros caminhos que eles vais.
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Adeus Congar
Congar de Harmonia
Adeus Congar
Congar de Alegria
Adeus congar de ouro
Até um outro dia
Adeus congar de ouro
Até um outro dia

Pontos de Defumação

PONTOS DE DEFUMAÇÃO

To defumando
To defumando
A casa do Bom Jesus da Lapa

Nossa Senhora incensou a Jesus Cristo
Jesus Cristo incensou os filhos seus
Eu incenso
Eu incenso essa casa
Pro mal sair e a felicidade entrar

Eu incenso
Eu incenso essa casa
Na fé de Oxóssi, de Ogum e de Oxalá

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A Umbanda queimou, cheirou guiné
Vamos defumar filhos de fé
A Umbanda queimou, cheirou guiné
Vamos defumar filhos de fé

Defuma eu Babá
Defuma eu Babalaô
Defuma eu Babá
Defuma eu Babalaô

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Defuma com as ervas da Jurema
Defuma com arruda e guiné
Alecrim, benjoim e alfazema
Vamos defumar filhos de fé

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Com licença Pai Ogum
Filhos quer se defumar
A Umbanda tem fundamento
É preciso preparar
Com arruda e guiné
Alecrim e alfazema
Defuma filhos de fé
Com as ervas da Jurema

Atabaque



Instrumento muito antigo de origem oriental, presente entre os Persas e os Árabes e muito divulgado posteriormente na África.

Chegou ao Brasil introduzido pelos Portugueses para ser usado em festas e procissões de origem religiosas a princípio. Devido aos africanos já o conhecerem com o tempo outros tipos foram trazidos para nosso país chegando aos terreiros e posteriormente tornando-se um dos componentes do rítimo da roda de capoeira. É o principal instrumento de percussão da gira, marcando o rítimo e facilitando a sincronia entre os pontos e entre outros instrumentos musicais.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ponto Cantado do Caboclo Ocian das Pedreiras



Foi na pedreira do meu pai Xangô
que eu vi
uma flecha certeira no céu voar
uma flecha certeira que vem e diz
que o caboclo seu Ocian vai chegar

2X
Seu Ocian das pedreiras
caboclo que vem trabalhar
seu Ocian das pedreiras
caboclo da tribo Guará

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Alguns Pontos de Umbanda

Pena Branca

Umbanda

Composição: Alcino

Um grito na mata ecoou
Foi seu Pena Branca que chegou
Com sua flecha
Com seu cocar
Seu Pena Branca vem nos ajudar
Com sua flecha
Com seu cocar
Seu Pena Branca vem nos ajudar
Um grito na mata ecoou
Foi seu Pena Branca que chegou
Com sua flecha
Com seu cocar
Seu Pena Branca vem nos ajudar
Com sua flecha
Com seu cocar
Seu Pena Branca vem nos ajudar

Pena Branca

Umbanda

Composição: Alcino

Saravá seu Pena Branca
Saravá seu apache
Pega flecha e seu bodoque
Pra defender filhos de fé
Ele vem de Aruanda
Trabalhar neste casuá
Saravá Seu Pena Branca
No terreiro de Oxalá
Sua flecha vai certeira
Vai pegar no feiticeiro
Que fez juras e mandingas
Para o filho do terreiro
Pega o arco, atira a flecha
Que esse bicho é caçador
Além de ser castigo
Ele é merecedor

Cabloco Pena Branca cruzado com Oxossi

Umbanda

Composição: Alcino

Quem mora na mata é Oxóssi,
Oxóssi é caçador,
Oxóssi é caçador.
Eu vi meu pai assobiar,
Eu mandei chamar.
Vem da Aruanda ê,
Vem da Aruanda a,
Pai Pena Branca,
Vem da Aruanda,
Vem na Umbanda.
Quem mora na mata é Oxóssi,
Oxóssi é caçador,
Oxóssi é caçador.
Eu vi meu pai assobiar,
Eu mandei chamar.
Vem da Aruanda ê,
Vem da Aruanda a,
Pai Pena Branca,
Vem da Aruanda,
Vem na Umbanda.

Severino Bahiano

Umbanda

Composição: Alcino

Severino Baiano, é um baiano só.
Severino Baiano, no terreiro ele é o maior.
Ele quebra coco na encruza,
Ele quebra coco na encruza,
Ele subiu no coqueiro, de chapéu e de botina,
Pra apanhar coco, pra aquela menina.
Severino Baiano, é um baiano só.
Severino Baiano, no terreiro ele é o maior.
Ele quebra coco na encruza,
Ele quebra coco na encruza,
Ele subiu no coqueiro, de chapéu e de botina,
Pra apanhar coco, pra aquela menina.

Chegada de Zé Pelintra

Umbanda

O Zé quando vem lá da lagoa
toma cuidado com o balanço da Canoa (2x)
Oi Zé faça tudo o que quiser
só não maltrate o coração dessa mulher

Zé Pelintra já cumpriu sua missão

Umbanda

Zé pelintra já cumpriu sua missão,
e vai-se embora nos deixando uma missão,
a caridade é uma força muito bonita,
força para ser dividida com amor no coração.
Repete 3 vezes

Xangô

Umbanda

Composição: Alcino

Pedra rolou pra Xangô
Lá nas pedreiras
Afirma o ponto meu pai
Na cachoeira
Pedra rolou pra Xangô
Lá nas pedreiras
Afirma o ponto meu pai
Na cachoeira
Tenho meu corpo fechado
Xangô é meu protetor
Afirma o ponto meu pai
Pai de cabeça é Xangô
Tenho meu corpo fechado
Xangô é meu protetor
Afirma o ponto meu pai
Pai de cabeça chegou

Xangô

Umbanda

Composição: Alcino

Quem rola as pedras na pedreira é Xangô
Quem rola as pedras na pedreira é Xangô
Giro na coroa de Zambi
Giro na coroa de Zambi
Giro na coroa de Zambi
é Xangô
Giro na coroa de Zambi
Girooo
Giro, mas saravá meu pai Xangô
Quem é quem vence as demandas?
Quem é o dono das Pedras?
É Xangô

Xango

Umbanda

Composição: Alcino

Xangô meu pai
deixa está pedreira aí
Xangô meu pai
deixa está pedreira aí
que umbanda tá lhe chamando
deixa está pedreira aí
que a umbanda tá lhe chamando
deixa está pedreira aí
Xangô meu pai
deixa está pedreira aí
Xangô meu pai
deixa está pedreira aí
que umbanda tá lhe chamando
deixa está pedreira aí
que a umbanda tá lhe chamando
deixa está pedreira aí

Xango Justiça

Umbanda

Composição: Alcino

Lá em cima daquelas pedreiras
Tem um livro que é de Xangô
Lá em cima daquelas pedreiras
Tem um livro que é de Xangô
Kaô, Kaô, Kaô cabeciem
Xangô morreu de velho
Na pedra ele escreveu
- Justiça meu Pai , Justiça !
Ganhou quem mereceu
- Justiça meu Pai , Justiça !
Ganhou quem mereceu

Yemanjá

Umbanda

Jogaram uma carga pesada pra cima de mim
Mas eu sou filho de Iemanjá
Não caio assim
Me olharam com os olhos atravessados
Pagaram promessas para atrasar meu lado
Iemanjá rainha do mar
Só ela quem pode me ajudar
Eu tenho minha cabeça feita
Não a mandinga que possa me derrubar
Saravá Oxalá
Não a mandinga que possa me derrubar
Saravá Iemanjá

Preto Velho quer trabalhar

Umbanda

Tira o cipó do caminho, oi criança
Deixa a vovó atravessar
Tira o cipó do caminho, oi criança
Deixa a vovó atravessar
Eles vem chegando
São os preto velhos que vem trabalhar
Eles vem chegando
São os preto velhos que vem trabalhar

Preto Velho

Umbanda

Preto Velho quando vem
Ele Não vem de a pé
Preto Velho quando vem
ele não vem de a pé
Preto Velho vem montado
nas costas do jacaré
Preto Velho vem montado
nas costas do jacaré

Pai Xango

Umbanda

Xango morreu com a idade
morreu sentado em uma pedra
ele escreveu a justiça
"quem deve paga
quem merece recebe"
Abertura da gira
Umbanda
Vou abrir minha aruanda
vou abrir meu juremá
(bis)
Com a licença de mamãe oxum e nosso pai oxalá
(bis)
Santo Antonio é ouro fino arreia a bandeira e vamos trabalhar

Abertura de Exu

Umbanda

Essa terra é muito firme
Esse congar tem segurança
Na porteira tem vigia, a meia noite o galo canta

Hino de Umbanda

Umbanda

Composição: Alcino

Refletiu a luz divina
Com todo seu esplendor
Vem do Reino de Oxalá
Aonde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no ar
Luz que veio de Aruanda
Para nos iluminar
A Umbanda é paz e amor
É um Mundo cheio de luz
É a força que nos da vida
E à grandeza nos conduz
Avante filhos de fé
Como a nossa lei não há
Levando ao Mundo inteiro
A bandeira de Oxalá

Como é Lindo O Canto De Iemanjá

Umbanda

Umbanda - Como é Lindo O Canto De Iemanjá
Mãe d'água
Rainha das ondas sereia do mar
Mãe d'água
Rainha das ondas sereia do mar
Iêêêêê Iemanjá
Iêêêêê Iemanjá
Rainha das ondas sereia do mar
Como é lindo o canto de Iemanjá
Faz até o pescador Chorar
Quem escuta a Mãe d'água cantar
Vai com ela pro fundo do mar
Mãe d'água
Rainha das ondas sereia do mar
Mãe d'água
Rainha das ondas sereia do mar

Filho de Sereia

Umbanda

Composição: Alcino

Ó sereia, o sereia
vosso filho tá chamando
sereia
você tem que ajudar
sereia
Ó sereia, o sereia
vosso filho tá chamando
sereia
você tem que ajudar
sereia

Fechando a Gira

Umbanda

Composição: Alcino

Eu fecho a nossa gira,
Com Deus e Nossa Senhora.
Eu fecho a nossa gira,
Sambolê pemba de Angola.

Eu fecho a nossa gira,
Com Deus e Nossa Senhora.
Eu fecho a nossa gira,
Sambolê pemba de Angola.

Fechou, fechou, fechou,
Fechou deixa fechar.
Com as forças da Jurema,
Jurema Juremá.