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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Prece de Cáritas

DEUS, NOSSO PAI, que tendes poder e bondade, daí a força àquele que passa pela provação, daí luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

DEUS, daí ao culpado o arrependimento, daí ao espírito a verdade, daí a criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor, que vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.

Piedade, meu DEUS, para aquele que não Vos conhece, esperança para aquele que sofre.

Que vossa bondade permita hoje aos espíritos consoladores derramem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.

DEUS, um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a terra; deixa nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão; um só coração, um só pensamento subirá até vós, como grito de reconhecimento e amor.

Como Moisés, sobre a montanha, nós esperamos com os braços abertos para vós, Ó Poder, Ó Bondade, Ó Beleza, Ó Perfeição, e queremos de alguma sorte forçar Vossa Misericórdia.

DEUS, dai-nos força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós.

Dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas o espelho onde deve refletir a Vossa Imagem.

Que assim seja.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Caridade Segundo o Espiritismo

I – A Caridade Material e a Caridade Moral

IRMÃ ROSÁLIA

Paris, 1860




9 – “Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos que nos fosse feito”. Toda a religião, toda a moral, se encerram nestes dois preceitos. Se eles fossem seguidos no mundo, todos seriam perfeitos. Não haveria ódios, nem ressentimentos. Direi mais ainda: não haveria pobreza, porque, do supérfluo da mesa de cada rico, quantos pobres seriam alimentados! E assim não mais se veriam, nos bairros sombrios em que vivi, na minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças necessitadas de tudo.

Ricos! Pensai um pouco em tudo isso. Ajudai o mais possível aos infelizes; daí, para que Deus vos retribua um dia o bem que houverdes feito: para encontrardes, ao sair de vosso invólucro terrestre, um cortejo de Espíritos reconhecidos, que vos receberão no limitar de um mundo mais feliz.

Se pudésseis saber a alegria que provei, ao encontrar no além aqueles a quem beneficiei, na minha última vida terrena!

Amai, pois, ao vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que o desgraçado que repelis talvez seja um irmão, um pai, um amigo que afastais para longe. E então, qual não será o vosso desespero, ao reconhecê-lo depois no Mundo dos Espíritos!

Quero que compreendais bem o que deve ser a caridade moral, que todos podem praticar, que materialmente nada custa, e que não obstante é a mais difícil de se por em prática.

A caridade moral consiste em vos suportardes uns aos outros, o que menos fazeis nesse mundo inferior, em que estais momentaneamente encarnados. Há um grande mérito, acreditai, em saber calar para que outro mais tolo possa falar: isso é também uma forma de caridade. Saber fazer-se de surdo, quando uma palavra irônica escapa de uma boca habituada a caçoar; não ver o sorriso desdenhoso com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se julgam superiores a vós, quando na vida espírita, a única verdadeira, está às vezes muito abaixo: eis um merecimento que não é de humildade, mas de caridade, pois não se incomodar com as faltas alheias é caridade moral.

Essa caridade, entretanto, não deve impedir que se pratique a outra. Pelo contrário: pensai, sobretudo, que não deveis desprezar o vosso semelhante; lembrai-vos de tudo o que vos tenho dito; é necessário lembrar, incessantemente, que o pobre repelido talvez seja um Espírito que vos foi caro, e que momentaneamente se encontra numa posição inferior à vossa. Reencontrei um dos pobres do vosso mundo a quem pude, por felicidade, beneficiar algumas vezes, e ao qual tenho agora de pedir, por minha vez.

Recordai-vos de que Jesus disse que somos todos irmãos, e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus! Pensai naqueles que sofrem, e orai.

*





UM ESPÍRITO PROTETOR

Lyon, 1860

10 – Meus amigos, tenho ouvido muitos de vós dizerem: Como posso fazer a caridade, se quase sempre não tenho sequer o necessário?

A caridade, meus amigos, se faz de muitas maneiras. Podeis fazê-la em pensamento, em palavras e em ações. Em pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem terem sequer vivido; uma prece de coração os alivia. Em palavras: dirigindo aos vossos companheiros alguns bons conselhos. Dizei aos homens amargurados pelo desespero e pelas privações, que blasfemam do nome do Altíssimo: “Eu era como vos; eu sofria, sentia-me infeliz, mas acreditei no Espiritismo e, vede agora sou feliz!” Aos anciãos que vos disseram: “É inútil; estou no fim da vida; morrerei como vivi”, respondei: “A justiça de Deus é igual para todos; lembrai-vos dos trabalhadores da última hora!” Às crianças que, já viciadas pelas más companhias, perdem-se nos caminhos do mundo, prestes a sucumbir às suas tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos!”, e não temais repetir freqüentemente essas doces palavras, que acabarão por germinar nas suas jovens inteligências, e em lugar de pequenos vagabundos, fareis delas verdadeiros homens. Essa é também uma forma de caridade.

Muitos de vós dizeis ainda: “Oh! somos tão numerosos na terra, que Deus não pode ver-nos a todos!” Escutai bem isso, meus amigos: quando estais no alto de uma montanha, vosso olhar não abarca os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: Deus vos vê da mesma maneira; e Ele vos deixa o vosso livre arbítrio, como também deixais esses grãos de areia ao sabor do vento que os dispersas. Com a diferença que Deus, na sua infinita misericórdia, pôs no fundo do vosso coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Ouvi-a, que ela vos dará bons conselhos. Por vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal, e então ela se cala. Mas ficai seguros de que a pobre relegada se fará ouvir, tão logo a deixardes perceber a sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a, e freqüentemente sereis consolados pelos seus conselhos.

Meus amigos, a cada novo regimento o general entrega uma bandeira. Eu vos dou esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros”. Praticai essa máxima: reunir-vos todos em torno dessa bandeira, e dela recebereis a felicidade e a consolação.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cambone de Umbanda

Gostaria de abordar um trabalho de extrema importância no terreiro que é o de cambone.

O trabalho de Umbanda no atendimento ao consulente também funciona como um relógio, que tanto no astral com na parte material depende do bom funcionamento

de sua engrenagem.

Existe toda uma expectativa no início dos trabalhos, cada casa tem seu ritímo, mas o que não muda é aquela adrenalina e ansiedade (benéfica) à espera da linha de trabalho a ser chamada. Muitas vezes por tempo de trabalho e por dedicação e afinidade, o cambone se sente um misto de peça importante com um filho de todas as entidades que na casa se manifestam.

É, muitas vezes, temos esse sentimento, de atenção com tudo, preparar o espaço para a chegada dos Guias Espirituais, pembas, blocos de anotação, velas, tudo tem de estar a contento, a assistência, ansiosa, tem que ser bem recebida e conduzida aos Guias.

Todo o trabalho transcorre numa dinâmica de atenção, concentração e doação, dependendo muito do amor e da dedicação de todos, inclusive dos cambones. Aí entra

também o sentimento de ser filho de cada um dos Guias espirituais, que com o tempo

só de olhar sabem como estamos, como um pai que olha o filho pequeno. Os cumprimentos e o abraço de um, a palavra do outro, a “chamada” de um terceiro, e a

gente vai, crescendo como crianças dentro de uma grande família de sábios, anciões,

companheiros, pais e mães espirituais.

Chegando até mesmo um ponto, em que ao meio de inúmeros Guias, o cambone

ouve mentalmente o chamado de um ou outro Guia Espiritual com mais afinidade

com o cambone, solicitando sua presença ali ao seu lado. Isso não tem preço !

Não digo que cada dia de trabalho tem um aprendizado, mas sim, cada atendimento,

sendo este ligado apenas um médium e suas entidades ou como também os cambones que atendem vários médiuns sem ser específico de um só.

Muito depende do funcionamento de cada casa, mas o trabalho de ser cambone é

uma escola, um aprendizado sem fim, que aos atentos, faz aumentar a fé, descobrir-se e sentir amado e especial.

Existem dias, em que o cansaço e eventuais dificuldades atrapalham, mas são nesses dias, em que a espiritualidade te recompensa com um abraço de um pai querido ou um ramo de arruda imantado.

Enfim, cada gesto dessa grande corrente, não só de pais e mães espirituais, mas como também os “colegas”, irmãos de trabalho que se ajudam e muitas vezes, sob a coordenação de um guia espiritual fazem o revezamento de descarregos para os mais necessitados da corrente.

Ser cambone é ser importante para o bom funcionamento do trabalho, exige ser atento, concentrado, estudar, aprende e se incorporar à dinâmica de trabalho da Umbanda, estar preparado para toda um esforço físico, mental e espiritual de trabalho e acima de tudo amar a Deus e o que faz .

Hoje, de um modo geral, por todo o trabalho de doutrina, esclarecimento e preparação, os cambones são vistos como parte importante da engrenagem de funcionamento de uma casa, mas apelo aos irmãos, colegas de trabalho, que se vejam, não com soberbia na importância do seu trabalho em uma casa, mas como privilegiados e abençoados por tanta generosidade que recebem em cada auxilio às entidades, sem precisar mencionar do auxilio que cada cambone, como médium de umbanda recebe de seus próprios amparadores espirituais. Percebam e internalizem para poderem retransmitir, a gratidão, os pequenos gestos de humildade e delicadeza, a generosidade e o trabalho extramamente gratificante e engrandecedor de servir ao Pai, servindo a muitos.

Se tiverem amor pelo trabalho de cambone, receberão amor enquanto forem membros neste ponto da hierarquia, e no futuro também colherão amor e doarão amor de toda a corrente.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mediunidade

“159. Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva.

Deve-se notar, ainda, que essa faculdade não se revela em todos da mesma maneira. Os médiuns têm, geralmente, aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos, o que os divide em tantas variedades quantas são as espécies de manifestações. As principais são: médiuns de efeitos físicos, médiuns sensitivos ou impressionáveis, auditivos, falantes, videntes, sonâmbulos, curadores, pneumatógrafos, escreventes ou psicógrafos. (Cap. 14,item 159, Livro dos Médiuns).”

A mediunidade é a faculdade através da qual mantemos contato entre o mundo material e o mundo dos espíritos. Ela se manifesta de forma mais ou menos ostensiva em todos os indivíduos. Mas, em cada um, manifesta-se em menor ou maior grau. Pode ser caraterizada através do uso de nossa intuição, em grau mais leve, ou nos casos de incorporação do médium pelo espírito, de forma mais ostensiva. Quando se apresenta marcante e forte diz-se que o médium é ostensivo. Quando sutil e rudimentar, de fenômenos esparsos e esporádicos de pouca intensidade, diz-se que o médium tem mediunidade oculta. Este último corresponde a mediunidade presente em todos os homens.

Desta definição podemos tirar a conclusão de que todos possuímos um canal psíquico através do qual os espíritos que habitam os diversos planos diferentes frequentemente entram em contato conosco, já que continuamente nos colocamos em contato com o plano espiritual seja através de fenômenos inconscientes, das preces ou intuições que recebemos. Porém, dentro da conceituação espiritualista, o médium é aquele que apresenta os sintomas desse contato com o plano espiritual de forma ostensiva.

A mediunidade está presente na Terra desde os primórdios da raça humana, uma vez que é sentido inerente à ela, desde que sempre houve a necessidade do intercâmbio entre o mundo dos encarnados e dos desencarnados.

De um análise acurada da Bíblia podemos dizer que, sem sombra de dúvidas, o fenômeno mediúnico está presente pelos tempos e dela trouxe Jesus provas e testemunhos que deixou e que se perpetua através dos tempos, com o desenvolvimento do Cristianismo.

No Novo Testamento, Paulo nos narra os fenômenos mediúnicos em vários versículos de sua Carta aos Coríntios, onde destacamos, a título de exemplo os seguintes versículos:

“21 Está escrito na lei: Por gente doutras línguas e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.

22 De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.

23 Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão, porventura, que estais loucos?

24 Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.

25 Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós. (Carta aos Corintios, capitulo 14, vss. 21/25).

....

31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.”

Com tais exemplos da manifestação mediúnica, Paulo, além de reconhecer a veracidade do fenômeno, apresenta-o como atividade típica da relação do homem com Deus e recomenda seu desenvolvimento para a prática da caridade e das Leis Divinas.



- GRAUS DE MEDIUNIDADE:

A mediunidade está classificada, nos estudos espiritualista, em diferentes graus, como consciente, semi-consciente e inconsciente.

A mediunidade consciente é cada dia mais comum, uma vez que quanto mais consciente a mente do médium durante a incorporação, melhor a forma de afinidade entre o médium e o espírito desencarnado, propiciando um trabalho mais eficiente de atendimento a quem procura solução para seus problemas, não havendo , no entanto, interferências do espírito do médium no desenvolver do trabalho do espírito desencarnado, ou entidade espiritual.

Na verdade, a diferença entre o médium consciente e o inconsciente não é a de que o médium inconsciente não participa do processo de incorporação conscientemente. O que ocorre é que após a incorporação, o médium se recorda de tudo o que foi dito pela entidade, o que não ocorre nos casos da mediunidade inconsciente, quando o espírito desencarnado não deixa essa lembrança com o médium na hora em que ocorre a desincorporação.

Com relação à semi-inconsciência o que pode ser dito é que ao invés de haver a lembrança total do médium de tudo que ocorreu durante o transe mediúnico, nos casos da mediunidade consciente, ou da ausência total da lembrança, quando este é inconsciente, o médium lembra parcialmente de algo do que foi dito ou do que se fez.

O espírito desencarnado, no processo de incorporação, controla a fala e todas as funções endócrinas do corpo do médium, principalmente as funções nervosas e cardíacas, fazendo com que o fluxo sanguíneo do médium diminua sua intensidade para que haja o menor dispêndio de energia possível, fator que acarreta uma diminuição da temperatura do corpo do médium, o que provoca certa surpresa naqueles que tocam no corpo do médium incorporado. O corpo do médium durante o transe mediúnico está em constante vibração pelo contato da energia do espírito desencarnado com a do espírito do médium.

Nos primórdios da Umbanda, a forma mais corriqueira de incorporação era a inconsciente, quando surgiu a denominação “cavalo”, ou “burro” para o médium iniciante, uma vez que por desconhecimento do fenômeno, o médium relutava bastante, não deixando que o espírito desencarnado (entidade) tomasse o controle de seu corpo, fazendo com que o fenômeno mediúnico ocorresse de forma que a entidade tinha quase que “montar” no médium em que iria incorporar.

O que ocorria, nesses casos, era que o médium, ao haver a saída do corpo da energia do espírito desencarnado, recuperava seus sentidos como se estivesse saindo de um sono profundo, o que leva muitas pessoas a acharem até hoje que na incorporação, haja a saída do corpo do espírito do médium, que este se afasta, ou coisas assim, quando na verdade, somente há uma sintonia de espírito para espírito, fazendo com que a entidade espiritual controle os sentidos corporais, mas não se apossando do corpo do médium, que só possui uma alma durante a vida.

Assim, confunde-se a passividade do médium e sua falta de lembrança após o transe mediúnico, com a sua ausência do corpo material, o que não ocorre. Há somente o transe mediúnico durante o qual o espírito tem suas funções controladas pelo espírito comunicante que tem plenos poderes do corpo, de sua parte psíquica, física, sensorial e motora.

Tipos de Mediunidade

Psicofonia:


Na Umbanda, a forma mais freqüente de manifestação do fenômeno mediúnico é através da incorporação, apesar de tal termo não representar a exata realidade, uma vez que não há possibilidade de dois espíritos ocuparem a mesma matéria ao mesmo tempo. Usa-se o termo “incorporação” uma vez que o médium tem sua voz, suas maneiras e trejeitos e até mesmo a sua feição, em alguns casos, modificados pelo espírito que está exercendo sua influência na matéria durante o fenômeno mediúnico, dando a impressão de que este “entrou” no corpo do médium.



Na verdade, o que ocorre é uma comunicação entre o espírito desencarnado e o espírito do médium, mente a mente, dando a impressão de que o médium está incorporado. Durante a incorporação o espírito comunicante atua diretamente sobre os centros nervosos de controle do corpo do médium. Conforme o grau de exteriorização do períspirito do médium, o espírito comunicante tem maior ou menor controle dos centros nervosos do corpo do médium.



Para que se dê a incorporação, o espírito comunicante necessita ligar-se energeticamente ao corpo do médium, e faz isso através de pontos específicos que se localizam na região encefálica, na região toraco-abdominal e na região do cóccix, atuando nos chacras existentes nessas regiões.



- Psicografia:

Comumente são denominados médiuns escreventes aqueles que manifestam a mediunidade pela psicografia, ou seja, quando os espíritos comunicantes atuam de forma a levarem o médium a escrever.

A psicografia classifica-se em mecânica, semi-mecânica e intuitiva.

Na psicografia mecânica, o médium não sabe o que escreve, atuando o espírito comunicante diretamente sobre a mão do médium de forma muito rápida, mantendo a forma e a caligrafia que personaliza o espírito desencarnado.

Na semi-mecânica, o espírito comunicante interage com a alma do médium dominando parcialmente sua mão e braço, sendo que o médium só tem consciência do que escreve na medida em que as palavras vão sendo escritas.

A mediunidade intuitiva é a mais freqüente atualmente, sendo que o espírito comunicante interage com a alma do médium transmitindo mentalmente suas idéias, servindo este como intérprete da mensagem do espírito desencarnado, já que o médium tem consciência do teor da mensagem que será transmitida antes mesmo de escrevê-la.




- Vidência:

Fenômeno mediúnico que se caracteriza pela visualização das coisas, ambientes e espíritos do mundo espiritual. O médium tem ciência do mundo espiritual, podendo vislumbrá-lo, seja através de cenas do presente, do passado ou do futuro.



Essa visualização se dá com os “olhos” do espírito, o médium enxerga através de sua alma, já que os vislumbra mesmo que esteja de olhos fechados. A vidência também se caracteriza pela visualização através de outros meios, como em um copo de água, no chão, etc...

A vidência não se confunde com a clarividência, uma vez que esta última não é mediunidade, mas capacidade anímica do médium, que o permite ter uma visão de cenas e objetos que os olhos físicos não podem alcançar. Não existe, na clarividência, comunicação do médium com o espírito desencarnado, como ocorre na mediunidade, é sim a clarividência manifestação anímica do médium, espírito encarnado, que se dá através da emancipação de sua alma. Também se chama a clarividência de “2ª. visão”.

- Audiência:

Manifestação mediúnica que permite ao médium escutar no campo fluídico os sons produzidos no plano espiritual.

Da mesma forma que a clarividência, o médium pode através de capacidade anímica, possuir clariaudiência que permite que ele perceba os sons produzidos até onde o campo fluídico de seu espírito alcançar, através da emancipação da alma.

- Sensitividade:

Médiuns sensitivos são aqueles capazes de perceberem o nível vibratório de um ambiente ou presente em pessoas ou coisas, sentindo o padrão energético no qual estes se encontram, seja positivo ou negativo.

Falando especificamente na manifestação mediúnica na Umbanda, a modalidade mais popular pelos centros e terreiros pelo Brasil é a incorporação, sendo a forma utilizada pelas entidades dessa religião para trazerem a Mensagem Divina a esses filhos de Deus tão descrentes, já que o fenômeno mediúnico passa a ser o contato direto do plano espiritual com o físico, não havendo um intérprete ou um compilador das mensagens astrais.

Com a Umbanda, e consequentemente, a incorporação de seus Guias e Entidades espirituais, o plano terreno, os espíritos encarnados passaram a ter a espiritualidade falando diretamente com o ser humano, porque não precisavam mais de oráculos ou sacerdotes que lhes transmitissem os ensinamentos a serem seguidos e ditados por Deus ou pelo Mestre Jesus.

Passaram sim, a ter ao contato de suas mãos, olhos e inteligência a própria entidade, o próprio Guia espiritual, o próprio guardião de seus caminhos a lhes dizer o certo e o errado. A lhes mostrar suas falhas, seus débitos ou mesmo suas virtudes, para trabalharem nesse sentido e alcançarem sua evolução.